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Entrevista a A. Proença da Cunha

António Proença da Cunha, Professor Catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e um dos mais prolíficos investigadores e professores em Portugal nas áreas da Farmacognosia, da Fitoquímica e da Farmacologia, com um trabalho muito importante em torno das plantas aromáticas e medicinais da flora portuguesa, aceitou gentilmente responder a algumas questões colocadas por nós e é com grande prazer que publicamos esta pequena entrevista.

 

EPAM – Qual é a situação em Portugal da investigação científica e do ensino sobre plantas aromáticas e medicinais? Como tem evoluído este sector, ao longo da sua experiência profissional? Temos condições, nas universidades e centros de investigação, para que estas instituições participem activamente com os produtores e com a indústria no desenvolvimento do sector produtivo?

 

APC – Portugal tem acompanhado a investigação fitoquímica a nível mundial, inicialmente mais nas plantas aromáticas, onde se distinguiu a Faculdade de Farmácia de Coimbra, com os Professores Aloísio Fernandes Costa e José Cardoso da Costa e depois continuado com outros Professores, tendo hoje Investigadores muito qualificados e instrumentação de ponta apropriada. Neste sentido, publica trabalhos de nível internacional e é capaz de responder no âmbito das plantas medicinais e das aromáticas às solicitações de Produtores e de Laboratórios sob problemas relacionados com a composição e o controlo de qualidade.

 

São numerosos os trabalhos de investigação no âmbito das plantas aromáticas e nos óleos essenciais com referência a variedades químicas e actividades biológicas realizados em Portugal, dos quais se destacam algumas das Instituições mais representativas:

– Em várias espécies aromáticas, caso das do género Eucalyptus, Juniperus, Thymus e Salvia, por Investigadores do Laboratório de Farmacognosia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (Cardoso do Vale, J., Cavaleiro, C., Fernandes Costa, A., Martins, A.P., Proença da Cunha, A., Roque, O.R., Salgueiro, L., entre outros).

– Em muitas espécies aromáticas da flora de Portugal pela equipa do Departamento de Biologia Vegetal /Centro de Biotecnologia Vegetal / Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, (Ascensão, L., Barroso, J.G., Figueiredo, A.C., Miguel, M.G., Pedro, L.G., Trindade, H., entre outros) e, da mesma Universidade pelo Centro de Biologia Ambiental (Antunes, T., Sevinate-Pinto, I., entre outros).

– Em numerosas espécies aromáticas por investigadores do ex-Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação/Departamento de Tecnologia de Indústrias Químicas (Carmo, M., Costa, M.C., Duarte, F., Frazão, S., Marcelo-Curto, M.J., Nogueira, T., Pateira, L., Tavares, R., Savluchinske-Feio S., Venâncio, F., entre outros).

– Em diversas espécies aromáticas (Origanum spp., Thymus spp.) por Professores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve (Faleiro, M.L., Miguel, M.G., entre outros)

– Em plantas aromáticas por técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (Bento, F., Cavaco, T., Costa, M., Galego, L., Gonçalves, V., entre outros).

– Em actividade antioxidante, cultura in vitro e composição do óleo essencial de Salvia spp. e em outras plantas aromáticas por Professores da Universidade do Minho (Fernandes Ferreira, M., Guedes, A.P.,  Dias, A., Lima, C.F., Pereira-Wilson, C., Ramos, A.A, entre outros).

– Em plantas aromáticas da flora de Portugal por Professores da Universidade de Évora (Serrano, E., Tinoco, T.).

– Em plantas aromáticas do concelho de Bragança, da Sub-região do Alto Tâmega e Barroso e da Terra Quente Transmontana pelos investigadores Morgado, J., Neto, F., Simões, M., Dias, S., com o apoio da DRAP-Norte do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

– Em plantas aromáticas tais como Lavandula spp. por Professores do Instituto Politécnico de Castelo Branco (Delgado, F. e outros).

– Em plantas aromáticas como Mentha spp. e Lavandula spp. por Professores da Universidade da Beira Interior (Rodilla, J.M., e outros).

– Em plantas aromáticas como Mentha spp. por Professores do Instituto Superior de Agronomia (Moldão-Martins, M., Monteiro, A., Rodrigues, L., Vasconcelos, T.,), da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (Teixeira, G., entre outros) e da Escola Superior Agrária de Elvas (Póvoa, O.).

– Em espécies aromáticas como Eucalyptus spp. por Professores da Universidade de Aveiro (Cavaleiro, J.A.S., Silvestre, A.J.D., entre outros).

– Em plantas aromáticas como Laurus spp. e Origanum spp., entre outras, por Professores da Universidade da Madeira (Castilho, P. e outros).

– Em plantas aromáticas por Professores da Universidade dos Açores (Medeiros, J.R., Barreto, M.C., entre outros).

– Em plantas aromáticas por Professores do Instituto Politécnico de Santarém (Gaspar, N., e outros).

 

Nas plantas medicinais também muitos destas Unidades de Investigação têm publicado numerosos trabalhos de investigação, não só na determinação da composição, como na prospecção de actividades, caso do estudo do poder antioxidante e da acção anti-inflamatória.

 

EPAM – Temos vindo a constatar um crescente interesse em relação à produção de plantas aromáticas e medicinais e ao desenvolvimento desta actividade económica em Portugal. Como vê este crescimento em função dos usos potenciais destas plantas como matérias primas para produtos existentes e novos?

 

APC – É um facto inquestionável o aumento de produtores de plantas, em particular nas aromáticas destinadas ao emprego na preparação de tisanas medicinais, havendo já exportação importante delas o que é justificada por ter qualidade superior à de outros produtores de países de mão obra mais barata, caso do Norte de África. Considero ser importante para alguma plantas aromáticas haver unidades industriais possuindo destiladores para que a produção excedente de certas plantas aromáticas possa ser destilada e assim obter um acréscimo de rendimento.

 

EPAM – Existe um consenso relativo em relação ao valor da nossa flora em termos de PAM e às condições edafó-climáticas que temos para a sua existência e produção. Considera que este potencial poderá ter interesse económico e cultural que justifique uma aposta estratégica no sector? Temos realmente em Portugal condições ou singularidades que suportem estas dinâmicas?

 

APC – O nosso País dadas as condições climáticas próprias (clima tipo atlântico, característico das zonas litorais ao Norte do Tejo, o que faz que grande parte do País se insira na zona húmida da Península Ibérica, clima tipo continental ou ibérico característico das regiões do interior (Nordeste Transmontano e Beirão e Leste Alentejano), especialmente nas zonas mais próximas de Espanha, apesar das temperaturas serem moderadas quando comparadas com as do resto da Europa e tipo mediterrânico, da zona meridional do País, Algarve e peneplanície alentejana, o que é consequência da proximidade do mar Mediterrâneo e da África do Norte e, ainda, do fraco relevo orográfico). A existência destes tipos de clima, de zonas de transição climáticas, geralmente designadas pelo conjunto dos dois nomes climáticos das zonas que contactam e a presença de diversos microclimas provocados por relevos, pela latitude, pela exposição solar, natureza do solo e proximidade do mar confere uma flora diversificada com um número importante de plantas aromáticas e medicinais.

Tem, por isso, o País condições climáticas que permitem a cultura de muitíssimas espécies, pois o aproveitamento da flora espontânea, que ainda existe em algumas regiões, deve ser evitado numa exploração industrial, para que se não destrua um património genético a conservar para as gerações futuras.

 

EPAM – A criação de uma fileira neste sector carece da existência de diferentes agentes (produtores, investigadores, transformadores, consumidores, etc). Acha que teremos condições para um desenvolvimento integrado do sector que permita também o desenvolvimento de áreas de actuação com mais valias significativas em termos de criação de valor acrescentado (criação de produtos, investigação aplicada, por exemplo)?

 

APC – Considero de extrema importância a existência de uma Associação ou de um outro tipo de Organismo que envolva os Produtores, a Comercialização e as Instituições Universitárias capazes de dar resposta rápidas ao controle de qualidade (fornecendo boletins analíticos) e interessando-se por estudos de actividade biológica. É também muito importante interessar as Escolas Superiores de Agricultura no sentido de desenvolverem cultivares que pela sua originalidade possam interessar o mercado internacional.

 

 

 

Curiculum Vitae de ANTÓNIO PROENÇA MÁRIO AUGUSTO DA CUNHA

Doutor em Farmácia pela Universidade de Genebra (Suiça) em 1962 e pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto em 1964 é desde 1977 Professor Catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Após o Doutoramento teve a regência teórica de várias disciplinas pertencentes à área da Farmacologia (Farmacodinamia Experimental, Farmacologia I, Farmacologia II, Fisiologia Humana e Fitoterapia) e da área da Química (Farmacognosia I, Farmacognosia II e Matérias Primas de Origem Natural).

Colaborou em Projetos de investigação no Núcleo de Estudos de Plantas do Ultramar da Junta de Investigação do Ultramar.

Dirigiu vários Projetos de Investigação no âmbito das Plantas Medicinais e Óleos Essenciais e colaborou em programas ALFA da União Europeia e CYTED (Programas de Desenvolvimento Ibero-americano de Ciência e Tecnologia), nas Redes Internacionais “MEDUSA” e “PLINE” que envolvem o estudo de plantas úteis e plantas tóxicas da região Mediterrânica.

Foi Diretor do Laboratório de Farmacognosia da Faculdade de Farmácia de Coimbra desde 1980 até á sua jubilação em Dezembro de 2001.

Tem colaborado em diversos Cursos de Extensão Universitária, em Jornadas Farmacêuticas, em Lições e Conferências. Tem participado em numerosas reuniões nacionais e internacionais com apresentação de comunicações na área da Farmacognosia, da Fitoquímica e da Farmacologia.

É membro da Comissão Técnica de Normalização de Óleos Essenciais (CT-5) e perito internacional de cromatografia em fase gasosa da “International Standard Organisation”.

Tem sido convidado a nível da U.E. para analisar projetos no campo das plantas aromáticas e medicinais.

Orientou dissertações de Doutoramento na área da Farmacognosia e da Fitoquímica e, também dissertações do Mestrado em Biologia Celular e Tecnologia do Medicamento.

É Horticólogo de Honra da Sociedade Portuguesa de Horticultura.

É Presidente da Sociedade Portuguesa de Fitoquímica e Fitoterapia (SPFito).

Organizou, recentemente, de colaboração o “Curso de Fitoterapia por Internet”, o “Curso de Plantas em Cosmética e em Dermatologia por Internet” e o “Curso de Plantas Aromáticas, Óleos Essenciais e Aromaterapia por Internet” .

Tem mais de duzentas publicações em revistas nacionais e estrangeiras da especialidade.

Publicou como autor e co-autor vários livros didáticos, sendo os últimos: Atualização do 3º volume da obra “Farmacognosia” de Aloísio Fernandes Costa, Ed. F. Calouste Gulbenkian (2001), “Efeitos Tóxicos por Plantas Espontâneas de Portugal”, Ed. Associação Nacional das Farmácias (2001), “Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia”, Ed. F. Calouste Gulbenkian (2003), com 4ª edição em 2012, “Plantas e Produtos Vegetais em Cosmética e Dermatologia”, Ed. F. Calouste Gulbenkian (2004) com 2ª edição 2008, “Farmacognosia e Fitoquímica”, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian (2005) com 3ª edição em (2010), “Plantas Aromáticas em Portugal – Caracterização e Utilizações”, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian (2007), com 2ª edição 2009, “Plantas na Terapêutica – Farmacologia e Ensaios Clínicos”, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian (2007), com 2ª edição em 2010, “Plantas Medicinais da Farmacopeia Portuguesa”, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian (2008) com 2ª edição 2011, “Cultura e Utilização das Plantas Medicinais e Aromáticas”, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian (2011) e “Plantas Aromáticas e Óleos Essenciais, Composição e Aplicações”, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian (2012).

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