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PAM em debate técnico nas I Jornadas da Póvoa do Lanhoso

Em Portugal o crescimento do setor das plantas aromáticas e medicinais é uma realidade, o que justificou a realização das I Jornadas Técnicas de Plantas Aromáticas e Medicinais, na Póvoa de Lanhoso, no passado dia 3 de Novembro, promovidas pela ATAHCA (Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, do Cávado e Ave), em colaboração com a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Esta iniciativa enquadrou-se na estratégia que as entidades promotoras têm vindo a desenvolver de apoio à agricultura e aos jovens agricultores, no sentido de melhorar a economia regional, através da criação de emprego e da dinamização de uma fileira que está em franco crescimento.

Nas Jornadas estiveram presentes cerca de 250 pessoas, destacando-se a participação de um grande número de jovens que estão ou tencionam estar envolvidos em projetos de produção e/ou transformação de PAM. As conclusões das Jornadas foram apresentadas pela Profa Isabel Mourão (ESA/IPVC), das quais destacamos os aspetos mais relevantes.

 

Nas últimas décadas, as plantas aromáticas e medicinais (PAM) para consumo em fresco, após secagem ou para extração de óleos essenciais, tem aumentado em todo o mundo, no setor agroalimentar e nas indústrias farmacêutica, cosmética e agroquímica, entre outras. Não há dúvida de que, em muitas regiões do mundo, as plantas medicinais são uma necessidade como produtos farmacêuticos, por não terem acesso a outro tipo de medicamentos, enquanto que noutras regiões, especialmente nos países desenvolvidos, a procura de alternativas naturais ao uso de produtos químicos convencionais tem aumentado, por apresentarem menores efeitos colaterais na saúde das pessoas e no ambiente.

A empresa Aromáticas Vivas, em Viana do Castelo, apresentada pelo Dr. Ziad Barazi e pela Dra. Cristina Oliveira, mostrou a produção intensiva de PAM frescas em vaso. Utiliza tecnologias de ponta, associadas à preocupação de redução do impacto ambiental, nomeadamente, no sistema de rega em circuito fechado, na ausência de turfa nos substratos por ser um recurso não renovável, na proteção das culturas através de controlo biológico e não com recurso a pesticidas e, na iluminação LED, que funciona de acordo com as necessidades das plantas em quantidade e qualidade de luz. As boas condições de Portugal em termos de radiação solar e temperatura, fazem com que a emissão de CO2 inerente ao consumo de energia em luz artificial e aquecimento, seja das mais baixas da Europa. As plantas envasadas são produzidas em bancadas, num sistema contínuo e automático e utiliza-se um método de ‘endurecimento’ das plantas, por passagem das mesmas através de franjas de plástico, que provocam um movimento das folhas, induzindo uma maior resistência das plantas.

Algumas das mais populares ervas culinárias produzidas, incluem, manjericão, cebolinho, endro, estragão francês, hortelã, orégão, salsa, coentro, alecrim e tomilho e outras como o poejo, salva, funcho, manjerico, stevia e sorrel.

 

A empresa Ervas Finas de Trás-os-Montes, em Vila Real, foi apresentada pela Enga Graça Soares, como sendo um ‘jardim comestível’ ou, ainda, ‘segredos que se comem’. Estas designações derivam do respeito pela natureza, pela biodiversidade no agroecossistema e pela biodiversidade na alimentação. Inclui ainda a alta cozinha, o gourmet, a imaginação, a inovação, o desenvolvimento de novos produtos e muito trabalho. É uma outra área de produção de PAM, com outras tecnologias, que se baseiam na gestão da fertilidade do solo e na manutenção de condições que contribuem para aumentar a biodiversidade, produzindo e comercializando mais de 300 espécies e variedades e onde tudo tem uma utilidade gastronómica. A empresa Ervas Finas de Trás-os-Montes inclui a produção biológica de PAM da flora autóctone e exóticas, em rama ou as extremidades (para decoração e tisanas), de flores comestíveis (frescas, desidratadas ou cristalizadas), de baby leaves para saladas (como por exemplo a ‘Salada Jardim’) e os microverdes. São ainda desenvolvidos e produzidos na empresa outros produtos como compostas, geleias, xaropes e bombons.

 

O Prof. Alberto Pires Dias do Departamento de Biologia da Universidade do Minho, apresentou o tema “Medicinas alternativas, uma perspetiva científica”. Todas as culturas apresentam uma  ́tradição oral’, muitas vezes associadas a ritos religiosos e que se encontram em referências muito antigas. Na década de 20 do séc. XX, cerca de 90% dos medicamentos eram de origem vegetal e, apesar da síntese química ter alterado esta situação, 25-50% dos medicamentos, atualmente, derivam de produtos naturais.

Na produção e utilização das PAM a garantia de qualidade é essencial, sendo necessário melhorar a rastreabilidade e a segurança alimentar. A produção biológica foi demonstrada por diversos intervenientes, como sendo uma aposta acertada e valorizada, sendo por si só uma razão para a certificação. No âmbito da comercialização, a certificação dos produtos biológicos é obrigatória, sendo a forma de garantir a sua conformidade com as normas definidas para a sua produção, e é da responsabilidade dos Organismos de Controlo e Certificação. A certificação tem vantagens para o consumidor, pois permite optar pela diferença existente entre os produtos disponíveis, tendo a certeza de que a informação a que não tem diretamente acesso foi devidamente controlada. Por outro lado, o modo de produção biológico (MPB) atua de forma mais sustentável nos sistemas agrícolas, melhorando a fertilidade dos solos e preservando a biodiversidade, que resulta em produtividades mais estáveis ao longo do tempo e na garantia de produção de alimentos a longo prazo.

 

A empresa Natural Concepts, sediada em Guimarães, abordou o tema ‘PAM – o valor acrescentado da Marca’, pela Dr.a Conceição da Costa. Esta empresa iniciou a sua atividade em 2008 e desenvolvem novas misturas de chás, fazem ‘as misturas de sonho dos clientes’, embalam e vendem com a marca ‘Folha d’Água’. A imagem é muito importante, mas ao abrir as embalagens, os clientes não podem ser dececionados. Produzem também óleos essenciais e extratos para incorporação na indústria alimentar e para suplementos alimentares (cápsulas), cuja utilização tem vindo a aumentar. Trabalham com PAM produzidas preferencialmente em Portugal, sendo o principal requisito a qualidade, que é determinada pelos clientes que são cada vez mais exigentes. Para a Natural Concepts é importante processar PAM produzidas em Portugal, pois a qualidade é muito boa e há que valorizá-la. Salientou-se que as tecnologias de produção e de processamento, como a secagem, são fundamentais para garantir a qualidade final dos produtos.

 

O Projeto EPAM, sediado em Moura, foi apresentado pelo Dr. Joaquim Cunha, com a designação de “Empreender na Fileira das Plantas Aromáticas e Medicinais em Portugal”. Este projeto iniciou com seis parceiros que trabalharam a fileira dos ‘Aromas e sabores’. Realizaram visitas, jornadas técnicas e outros eventos, para que produtores, empresas de transformação e investigadores se conhecessem, originando uma dinâmica que permitiu desenvolver novas relações e projetos para o futuro. Os principais objetivos são os seguintes: desenvolver uma rede nacional de promoção ligada à produção e comercialização de PAM; desenvolver um empreendedorismo crítico e capacitar os agentes; aprofundar, difundir e construir o conhecimento da fileira e, capitalizar as experiências. O trabalho em rede, a partilha de informação e a organização do setor, são a base do desenvolvimento do setor das PAM em Portugal.

 

Em síntese, Portugal é um país com uma riqueza gastronómica em PAM muito rica e diferenciada da dos países como o norte da Europa, EUA ou Japão, havendo, por isso, um potencial para os produtores portugueses fazerem valer o seu saber e entrarem no desafio da produção de produtos de qualidade, pela excelência, revelando a sua imaginação e inovação.

Há definitivamente um lugar para os pequenos produtores de PAM, pois muitos dos mercados nacionais e internacionais procuram produtores que assegurem o fornecimento de produtos de preferência biológicos, de alta qualidade, excelente apresentação e com os sabores portugueses, obtendo-se assim importantes mais-valias.

 

Nota final: A organização agradece a redação do texto à Profa Isabel Mourão.

P ́ela Organização, Natália Costa (Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gab. de Apoio ao Bioagricultor, gabio@mun-planhoso.pt)

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2 Comments

  1. Josefina Salvado

    Dado que pretendo iniciar a actividade agrícola de produção de ervas aromáticas e medicinais no próximo ano, e o meu conhecimento neste sector é reduzido, tenho andado a angariar competências nesta matéria. Por isso estive presenta no evento da Póvoa do Lanhoso, tendo ficado com uma opinião muito positiva quanto às variadas vertentes de negócio associadas à exploração das ervas aromáticas e medicinais, bem como com a transparência das apresentações dos oradores.
    Dos vários oradores, o Dr. Joaquim Cunha chamou-me a atenção quando referiu uma área importantíssima para o sucesso de qualquer negócio que pretenda dar os primeiros passos ( que em meu entender é fazer Benchmarking, em feiras e eventos do sector) ao indicar as feiras mais importantes da fileira. Referiu a Feira BioFach na Alemanha. Neste enquadramento, gostaria de saber se a EPAM tem organizado algum grupo de produtores para visitar a feira? No caso de estarem organizados qual a possibilidade de me integrar na comitiva e poder conversar com quem sabe do negócio. Cumps

    1. Clara Lourenco

      Cara Josefina
      Nós não estamos, no projecto EPAM, a organizar uma visita colectiva à BioFach. Posso no entanto dizer-lhe que creio haver, pelo menos, duas entidades que estão a fazê-lo: a Espaço Visual (V. N. Gaia) e o CEVRM (Almodôvar). Agradecendo o contacto, os nossos melhores cumprimentos.

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